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Consumidores acham 77% das marcas irrelevantes

Marcas
Mais de 80% das marcas que operam no mercado europeu podiam desaparecer de um dia para o outro que os consumidores não sentiriam a sua falta.

Os números são apontados pelo mais recente estudo da agência Havas, Meaningful Brands 2019, baseado em 1 800 marcas e 350 000 consumidores de 31 países.

O sentimento mantém-se a nível global, com os consumidores a afirmarem irrelevante a existência de 77% das marcas analisadas, um aumento de 3% deste os resultados apurados pelo mesmo estudo referente a 2017.

O estudo revela que as marcas percecionadas como significantes e autoras de mudanças positivas no mundo apresentam uma melhor performance no mercado de ações (uma diferença de 134% em relação às marcas consideradas menos relevantes), assim como uma fatia 9 vezes maior de wallet-share, termo que se refere à quantidade da despesa total dos consumidores (da sua carteira) que é capturada pela marca.


“A compra como um ato político”

55% dos consumidores entendem que as marcas têm um peso maior na criação de um futuro melhor do que aquele que atribuem ao próprio Governo, ficando implícito o alinhamento do consumidor com os valores e posicionamentos ideológicos da marca.

E se o conteúdo é rei, para os consumidores inquiridos, 58% do conteúdo gerado pelas 1800 maiores marcas a nível mundial, não tem qualidade, é irrelevante e não corresponde às suas expetativas.

No Top 10 como as mais “meaningful brands” estão a Google, que ocupa o primeiro lugar, seguida pela Paypal, Mercedes-Benz, WhatsApp. Youtube, Johnson & Johnson, Gillette, BMW, Microsoft e Danone.

Deste 2017, caíram do Top 10 as marcas Samsung (do 5º para o 16º lugar), Nivea (do 7º para 12º lugar), Ikea (do 9º para o 23º lugar) e Lego (do 10º para o 30º lugar). Estas marcas foram substituídas pela Gillette, a BMW, a Danone e a Johnson & Johnson.

Para a Johnson & Johnson esta alteração acontece depois da marca anunciar um rebranding do seu portefólio de produtos para bebé, assumindo um caminho de maior transparência.

Também a Gillette viu recentemente uma sua campanha ganhar uma grande exposição mediática devido à tomada de posição quanto ao movimento #MeToo e contra uma masculinidade tóxica e prejudicial para a sociedade.

Fonte: Havas Group e Marketing Week

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